<font color=0093dd><em>Prestige</em> social deu à costa</font>
A situação social e económica do distrito de Viana do Castelo foi o tema abordado pelos primeiros candidatos da lista da CDU por este círculo numa conferência de imprensa, realizada na semana passada.
A CDU defende os estaleiros como empresa de capitais públicos
«O distrito de Viana do Castelo não escapa à mancha negra, espécie de Prestige social que afecta o País e que também se derrama por esta região, já que o capitalismo selvagem ou aqueles que não sabem ou não querem preparar-se para uma competição civilizada nada respeitam, a não ser que encontrem pela frente governos com sentido patriótico e populações cientes dos seus direitos», afirmou César Príncipe, o cabeça de lista.
Abordando o processo de desinvestimento privado e público que se verifica no Alto Minho, César Príncipe lembrou o encerramento de empresas de referência, como a fábrica de chocolates A Vianense, Decant-Confex, Schuh Union, Rioli Têxteis, Linneman, Cerâmica Rosa e Têxtil Daura. Há igualmente diversos casos de reduções do número de trabalhadores, nomeadamente nos estaleiros navais, na Portucel, na Veleo, na Mephisto, na Neivatex e na Jerónimo Campos Pereira.
«Nenhuma destas empresas tem assegurado um horizonte estabilidade e de prosperidade», comentou César Príncipe, lembrando que no casos dos estaleiros navais. «Mesmo que se venham a confirmar as encomendas em perspectiva, só garantem cerca de 10 por cento de ocupação num calendário fabril de 11 anos. Não está fora da lógica dos governos do bloco central um destino para os estaleiros navais idêntico ao das OGMA, que foram repentina e sigilosamente privatizadas e desnacionalizadas a preço de amigo.»
Também os valores do PIDDAC para o distrito têm diminuído: entre 2002 e 2005, passou de 118 milhões para 54 milhões de euros. Os indicadores negativos para os trabalhadores e suas famílias não se ficam por aqui: o desemprego atinge quase nove mil pessoas; uma grande parte dos trabalhadores recebe pouco mais de 500 euros de salários; abundam os regimes de trabalho sem contrato ou com contrato que não corresponde ao vencimento real; as mulheres, em média, recebem menos 150 euros do que os homens.
«Todos os habitantes da região que ambicionem viver numa terra de progresso com consciência social terão de tomar uma opção eleitoral que interrompa este ciclo depressivo, este vira o disco e toca o mesmo, um disco meio rachado mas que é preciso partir, para que o País e o Alto Minho ouçam outra música, a da saída da crise, a da produção e da repartição da riqueza», conclui César Príncipe, apelando ao voto na CDU.
Sete medidas contra a depressão social e económica
Para alterar o quadro depressivo que se vive na região de Viana do Castelo, a CDU propõem as seguintes medidas:
1- O fim dos processos tendentes à privatização de empresas e serviços, a reapreciação exaustiva de todos os processos de privatização e a manutenção dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo como empresa de capitais públicos;
2- A promoção de uma política de emprego que responda às necessidades e desafios para o desenvolvimento do Alto Minho;
3- A revogação do Código Laboral e a aprovação de medidas legislativas verdadeiramente promotoras do pleno emprego, que respeitem os direitos dos trabalhadores;
4- A concretização de um plano de formação profissional dirigido aos desempregados que favoreça o acesso efectivo ao emprego e não uma mera ocupação;
5- A adopção de medidas de combate à deslocalização de empresas para fora do País;
6- A redução faseada do horário de trabalho para as 35 horas semanais, sem perda de salário e tendo em conta os aumentos de produtividade;
7- O reforço dos direitos de intervenção e de participação dos trabalhadores nas empresas, nomeadamente nos processos de reestruturação e falência;
8- A efectiva fiscalização pela Inspecção Geral do Trabalho do cumprimento da legislação laboral e dos contratos colectivos de trabalho.
Abordando o processo de desinvestimento privado e público que se verifica no Alto Minho, César Príncipe lembrou o encerramento de empresas de referência, como a fábrica de chocolates A Vianense, Decant-Confex, Schuh Union, Rioli Têxteis, Linneman, Cerâmica Rosa e Têxtil Daura. Há igualmente diversos casos de reduções do número de trabalhadores, nomeadamente nos estaleiros navais, na Portucel, na Veleo, na Mephisto, na Neivatex e na Jerónimo Campos Pereira.
«Nenhuma destas empresas tem assegurado um horizonte estabilidade e de prosperidade», comentou César Príncipe, lembrando que no casos dos estaleiros navais. «Mesmo que se venham a confirmar as encomendas em perspectiva, só garantem cerca de 10 por cento de ocupação num calendário fabril de 11 anos. Não está fora da lógica dos governos do bloco central um destino para os estaleiros navais idêntico ao das OGMA, que foram repentina e sigilosamente privatizadas e desnacionalizadas a preço de amigo.»
Também os valores do PIDDAC para o distrito têm diminuído: entre 2002 e 2005, passou de 118 milhões para 54 milhões de euros. Os indicadores negativos para os trabalhadores e suas famílias não se ficam por aqui: o desemprego atinge quase nove mil pessoas; uma grande parte dos trabalhadores recebe pouco mais de 500 euros de salários; abundam os regimes de trabalho sem contrato ou com contrato que não corresponde ao vencimento real; as mulheres, em média, recebem menos 150 euros do que os homens.
«Todos os habitantes da região que ambicionem viver numa terra de progresso com consciência social terão de tomar uma opção eleitoral que interrompa este ciclo depressivo, este vira o disco e toca o mesmo, um disco meio rachado mas que é preciso partir, para que o País e o Alto Minho ouçam outra música, a da saída da crise, a da produção e da repartição da riqueza», conclui César Príncipe, apelando ao voto na CDU.
Sete medidas contra a depressão social e económica
Para alterar o quadro depressivo que se vive na região de Viana do Castelo, a CDU propõem as seguintes medidas:
1- O fim dos processos tendentes à privatização de empresas e serviços, a reapreciação exaustiva de todos os processos de privatização e a manutenção dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo como empresa de capitais públicos;
2- A promoção de uma política de emprego que responda às necessidades e desafios para o desenvolvimento do Alto Minho;
3- A revogação do Código Laboral e a aprovação de medidas legislativas verdadeiramente promotoras do pleno emprego, que respeitem os direitos dos trabalhadores;
4- A concretização de um plano de formação profissional dirigido aos desempregados que favoreça o acesso efectivo ao emprego e não uma mera ocupação;
5- A adopção de medidas de combate à deslocalização de empresas para fora do País;
6- A redução faseada do horário de trabalho para as 35 horas semanais, sem perda de salário e tendo em conta os aumentos de produtividade;
7- O reforço dos direitos de intervenção e de participação dos trabalhadores nas empresas, nomeadamente nos processos de reestruturação e falência;
8- A efectiva fiscalização pela Inspecção Geral do Trabalho do cumprimento da legislação laboral e dos contratos colectivos de trabalho.